O Realismo mágico na literatura.
O realismo mágico é uma escola literária surgida no início do século XX também é conhecida por realismo fantástico ou realismo maravilhoso, sendo este último nome utilizado principalmente em espanhol.
É considerada a resposta latino-americana à literatura fantástica européia. Entre seus principais expoentes estão o colombiano Gabriel García Márquez, Premio Nobel de Literatura, o peruano Manuel Scorza em suas cinco novelas1 onde são descritas as lutas do campesinato dos Andes Centrais e os argentinos Julio Cortázar e Jorge Luis Borges. Muitos consideram o venezuelano Arturo Uslar Pietri o pai do realismo mágico. No Brasil, destacam-se os nomes de Murilo Rubião e José J. Veiga.
Os seguintes aspectos estão presentes em muitos romances e contos do realismo mágico, mas não necessariamente estão todos presentes em todas as obras desta escola. Do mesmo modo, obras pertencentes a outras escolas podem apresentar algumas características dentre aquelas aqui listadas:
· Conteúdo de elementos mágicos ou fantásticos percebidos como parte da "normalidade" pelos personagens;
· Elementos mágicos algumas vezes intuitivos, mas nunca explicados;
· Presença do sensorial como parte da percepção da realidade;
· O tempo é percebido como cíclico, como não linear, seguindo tradições dissociadas da racionalidade moderna;
· O tempo é distorcido, para que o presente se repita ou se pareça com o passado;
· Transformação do comum e do cotidiano em uma vivência que inclui experiências sobrenaturais ou fantásticas;
· Preocupação estilística, partícipe de uma visão estética da vida que não exclui a experiência do real.
Contos de Augusto Moraes
Augusto Moraes é um estudante brasileiro nas artes literárias. Aos 10 anos de idade entrou para um grupo de teatro paulistano onde teve seu primeiro contato com o surrealismo através do teatro do absurdo de Eugene Ionesco e Samuel Beckett. Dentro de seu estilo percebemos a influência de diversos pintores do realismo mágico, realismo de metamorfose, surrealismo e pintura metafísica. Encontramos nos seus contos varias tendências, tanto do realismo mágico de Gabriel Garcia Marques e Lima Barreto quanto da literatura fantástica de Edgar Allan Poe e Franz Kafka.
Você pode clicar em qualquer um dos contos ao lado para abri-los e lê-los na íntegra.
Em "Frederico das quinquilharias" temos como ambiente uma loja de móveis e eletro-eletrônicos e seus vendedores típicos. É dia de finados e a visita de um personagem excêntrico pode deturbar toda a noção de realidade.
Com uma narrativa inesperada e sufocante "A casa de tijolos baianos" conta a história de uma família e suas crenças, segredos, necessidades, orgulho, e ganância.
"O poder do amor" conta a história de Bento e sua luta conta o tabagismo para agradar sua amada e para isso, ele fará o que for preciso.
No conto "Seu Almir e as macieiras" vemos um mundo egoísta e seu capitalismo selvagem. Até que ponto pode chegar a ambição humana? Até que ponto podemos ver as suas influências negativas dentro das famílias?
"O toque de recolher" é uma associação com a realidade vivencida em uma praça de Diadema. Um dia onde a cidade de São Paulo foi parada pelo comando criminal.
O conto "Amor esdrúxulo" retrata a história marital de uma moça salva dos trilhos do trem e de seu anti-heroi Edmundo.
"O relógio" mexe com a realidade deturbando-a constantemente entre devaneios que confundem o tempo e o espaço.